O Perigo do Acúmulo das Riquezas

Sobre o lugar e o uso do dinheiro no Reino de Deus

Natanael Pedro Castoldi
13 min readJan 9, 2025

Como antevisto num texto recente sobre o livro A Bíblia e a Psique, de Edinger, a história de Israel, tal qual narrada no Antigo Testamento, se estabeleceu como o modelo do desenvolvimento da personalidade individual do israelita, ancorada, pois, na narrativa maior da Nação, para progredir, via profetas, na “superpersonalidade” do Messias, tornando-se esta, pois, o paradigma dos cristãos. Neste sentido é que se pode ler o modelo da relação de Deus com o Povo como o arquétipo da Sua relação com o crente — um modo interpretativo, de matiz alegórico e sapiencial, presente já no modo tipológico de leitura veterotestamentária aplicado pelos apóstolos e evangelistas. Assim, o que é feito com Judá pelo Senhor pode ser encarado como um verdadeiro paradigma de como Ele opera com os Seus filhos, donde as lições que se podem extrair de Isaías 2 serem de inestimável valor para nós.

Porque Judá, após o péssimo exemplo de Israel, recaíra na idolatria e no amor às coisas do mundo (1 Jo 2:15–17), seria humilhado por Deus, para que pudesse ser, então, restaurado à dignidade do Povo do Senhor — uma restauração que viria após a desgraça da invasão babilônica e da destruição de Jerusalém, culminante no Exílio e da Dispersão, e que redundaria no Reino Messiânico. Todo o capítulo 2 descreve o afastamento de Judá do seu centro em Deus, para a colocação de si enquanto centro próprio, em um regime agora horizontal, segundo os hábitos dos demais reinos e os “costumes do Oriente” (Is 2:6) — Judá, em favor próprio, postou-se no centro do Mundo e passou a medir-se segundo a medida de suas necessidades materiais e de suas ambições, tecendo alianças com “os filhos dos estrangeiros” (2:6), buscando prever sua sorte à moda dos oráculos pagãos e daquela economia religiosa idólatra, em vistas da obtenção do favor imediato de divindades menores, e se enchendo de riquezas. Tudo isso é acusado por Isaías, inclusive o acúmulo das riquezas (2:7), e é visto como uma enumeração de elementos que evidenciam o quão distante de Deus o Reino do Sul chegara.

… preferindo adorar às obras confeccionadas pelas mãos dos artífices, às quais podiam possuir como parte de sua mobília…

A questão do acúmulo de riquezas é especialmente interessante, porque vem como a desobediência direta à Lei, tal como apresentada em Deuteronômio 17:16–17: ao rei israelita não era permitido o acúmulo de tesouros para si, para que “o seu coração não se desvie”. Em 1 Crônicas 21:2–3 vemos a exemplar história de como Davi pecou contra o Senhor nesse sentido, porque pretendeu enumerar todas as suas riquezas e todos os números de seu reino, com o objetivo de se vangloriar. Como se percebe, o sentido desse mandamento é o da conservação da dependência de Deus, para que o rei não se permitisse ensoberbecer e engrandecer, e se sentisse excepcionalmente seguro e confiante a partir das suas coleções, dos seus arsenais e dos seus cofres. Judá, por ter transbordado de metais preciosos, de cavalos e de carruagens, se tornou altiva. E seus nobres, tão rodeados de bens e tão ensoberbecidos, acumularam também ídolos, preferindo adorar às obras confeccionadas pelas mãos dos artífices, às quais podiam possuir como parte de sua mobília e como pretextos de autoengrandecimento, munidos que se viam de favores ‘deamoníacos’. Estranhamente, o seu engrandecimento culminava na humilhação de si mesmos, porque, quanto mais se elevavam em seus corações, tanto mais se curvavam e rebaixavam às estátuas de barro, madeira, pedra e metal.

O sentido de seu orgulho, que para eles era para cima, contra os Céus — como em Babel -, na realidade os afundava, os degradava, e quanto mais se criam elevados, tanto mais baixos se tornavam. O fim de sua idolatria seria um fim lógico: diminutos diante da manifestação terrível do Juízo de Deus, os nobres não apenas se curvariam, mas teriam de descer ao fundo da terra, para dentro das fendas e para junto do pó, cheios de medo do Senhor, porque cientes do quão imprestáveis foram seus deuses e do quão egoístas foram as suas ambições, e do quão culpados eram aos olhos de Deus. No Dia do Senhor, nenhuma riqueza terá qualquer valor, e os bens trazidos, com muito esforço, do “fim do mundo”, isto é: de Társis, nada serão; as belas pinturas se consumirão num átimo; as altas torres e as largas muralhas, símbolos da falsa segurança terrestre, cairão, porque o Deus Criador descerá, e, se Ele porá abaixo os cedros do Líbano e os carvalhos de Basã, e atentará contra os Montes, os construtos dos homens ser-Lhe-ão o mesmo que nada, e o próprio homem, aquele que se ensoberbece, menos que nada!

Deixai-vos do homem cujo fôlego está nas suas narinas; pois em que se deve ele estimar?
- Isaías 2:22

As proibição do acúmulo das riquezas, por conseguinte, vinha para conservar o homem e o reino nos seus devidos lugares, segundo as suas reais dimensões (“Com efeito, que pode ele [o homem] valer?” — Is 2:22), para que Deus, por meio da dependência do Seu cuidado, fosse mantido no Centro. Eis porque é dito, acerca do acúmulo de riquezas, ser o amor ao dinheiro “a raiz de todos os males” (1 Tm 6:10), sendo ele posto na condição de um verdadeiro ídolo concorrente de Deus na disputa pelo coração do homem (Mt 6:24). Como dirá Tiago 4:13–17, as riquezas nos dão falsas garantias, uma segurança ilusória de que temos controle real sobre nossos planos e sobre o nosso futuro, e vamos, com base nelas, nos enchendo de projetos e de sonhos, esquecendo-nos da realidade sobre quem somos e sobre o que de fato é a nossa vida (“um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” — Tg 4:14), porque a vida de um homem é a medida da duração de seu fôlego, e nada mais (Is 2:22). A glória que o homem obtém de suas presunções, de colocar-se em um lugar que não lhe pertence, é “maligna” (Tg 4:16), se valendo de um amor mundano, que é um amor pelas coisas que são do mundo e que, portanto, dele provém, e não de Deus (1 Jo 2:15); e se um amor tal, que é um falso amor, inibe a piedade, a oferta liberal dos cuidados para aqueles que o necessitam, porque se teme o comprometimento de planos futuros, então por meio desse falso amor se está a pecar (Tg 4:17).

… a vida de um homem é a medida da duração de seu fôlego, e nada mais…

A Escritura deixa claro que o acúmulo de riquezas, especificamente proibido aos reis no Antigo Testamento e dificultado com os eventos do Jubileu (Lv 25), é uma grande barreira para a confiança no Senhor. Provérbios 18–10–12 determina como uma das causas mais naturais da busca pelas riquezas uma intenção prévia de obter garantias inequívocas: “Os bens do rico são a sua cidade forte, e como uma muralha na sua imaginação [‘A fortuna do rico é sua fortaleza: e pensa que é alta muralha]” (18:11). “Na sua imaginação” é uma fórmula bastante elucidativa, já que é ali que são armadas as ambições — imaginações catastróficas ou de oportunidades vindouras, planos diversos, meios mil de evitar dificuldades hipotéticas, para que não sejam perdidos, ou para que sejam nutridos, o status social, as reservas protetivas e o acesso aos bens desejáveis e ao estilo de vida adquirido ou almejado. É por isso que o rico facilmente toma a sua fortuna como “alta muralha”, iludido de que conserva sob seu controle muito mais do que na realidade tem — “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mt 6:27).

A Palavra descreve corretamente essa postura como soberba e altivez, tal qual aparece em Isaías 2 em referência aos nobres de Judá, que se entendiam suficientemente legítimos para se elevarem a um patamar incompatível com a estrutura e com os limites do homem, um lugar caracterizado pela pretensão de atingir por si aquilo que está reservado apenas a Deus — isto é: na base da própria força e das obras humanas, ou dos bens deste mundo, prolongar a própria vida (ou presumir que será longa), divisando finalidades imanentes, de cunho eminentemente material, que dissonam da finalidade ontológica, ou criatural, do homem. O acúmulo das riquezas evidencia esse desvio de finalidade, porque transcende excessivamente as medidas do necessário para a realização verdadeira do homem, que é em sentido propriamente espiritual, configurando um excesso que só se justifica se outros fins, que se valham do exagero, tenham sido postos no horizonte existencial, impondo notáveis desvios de percurso, os quais, por sua complexidade crescente, passam a ocupar cada vez mais os pensamentos e a consumir a força vital numa direção terrestrial.

O acúmulo das riquezas evidencia esse desvio de finalidade, porque transcende excessivamente as medidas do necessário…

Eclesiastes 5 observa esse caminho com perspicácia, também pondo a imaginação ou os “muitos sonhos” (v. 7) como ponto de partida, vistos enquanto “vaidade”, porque há uma medida limite que é incontornável para o homem, de maneira que “sonhar” demais, ou se perder em imaginações e ardentes desejos de enriquecimento, é como que perda de tempo: a terra, que é do Senhor (Sl 24:1), distribui seus frutos para todos, e mesmo o rei depende daquilo que o campo pode dar (v. 9) — note a indicação à supracitada proibição do acúmulo de riquezas da parte do rei, para que aprenda a depender do campo, que é o mesmo que depender de Deus, como é o propósito do Jubileu, quando a terra era posta em descanso e os israelitas deviam se servir das benesses que o Senhor lhes dera nos anos anteriores e dos frutos espontâneos dos campos selvagens. Ademais, o caminho das riquezas, quando vem para saciar o imperativo de plenitude nativo do coração do homem, só suprido satisfatoriamente em Deus, nunca termina, como é dito pelo Pregador:

Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.
- v. 10

Até porque, quanto mais crescem os tesouros, tanto mais numerosos e onerosos se tornam os caminhos pelos quais eles se dissipam. Noutros termos: com mais riquezas, mais criatividade se tem para encontrar meios de gastá-las, a maioria dos quais frívolos, e dentro em pouco os compromissos selados com toda a miríade de “ralos”, pelos quais o dinheiro escorre, tornam necessário que se busque sempre mais dinheiro, até ao ponto em que as riquezas se transformam elas mesmas em uma espécie de entidade ou de potestade, demandando um intenso trabalho apenas para que não se dissipem, intentando que sempre aumentem, para que as fontes não sequem e, secando, as imensas contas deixem de fechar, as dívidas se avolumem e tudo se perca (v. 14). “Onde os bens se multiplicam, ali se multiplicam também os que deles comem” (v. 11)! No fim, quanto mais se avolumam os tesouros, tanto mais os tesouros estarão empenhados na conservação da expansiva estrutura que deles depende sempre mais, até que a os próprios tesouros percam o real sentido de ser, servindo a si mesmos e não dando outra gratificação ao seu servo — seu suposto dono -, que não a gratificação que ele possa ter ao olhá-los (v. 11), congelados que estão em casarões e mobílias, nas especiarias de Társis e nas belas pinturas (Is 2:16), ou mesmo nos dígitos de seus acúmulos.

… até ao ponto em que as riquezas se transformam elas mesmas em uma espécie de entidade…

Como aos espinheiros da Parábola (Mt 13:22), a vida regida a serviço dos tesouros culmina em enfado, toda a sorte de enfermidades — mentais e físicas — e em recorrentes frustrações e indignações (v. 17), para, no fim, não levar a lugar algum, pois o acúmulo das riquezas, como já visto, não pertence à finalidade natural do homem, de maneira que pode se esvair a qualquer momento (v. 14), já que o homem, tal como nasce nu, vindo ao mundo sem nada, também morre nu, ou seja: não leva nenhum bem consigo para a sepultura (vv. 15–16). Fosse o acúmulo de riquezas consubstancial ao homem, os méritos materiais da vida terrestre seriam sinais claros dos méritos celestiais adquiridos por essas vias e redundariam em proporcionais riquezas de mesma qualidade na Eternidade, mas todos sabemos não ser esse o caso, tanto é que os soberbos se esconderão nas fendas da terra quando o Senhor descer em Juízo, cientes de sua culpa, e lançarão fora, como escória, suas riquezas e seus ídolos (Is 2:20–21). “Maldito o homem que confia no homem” (Jr 17:5)! Porque a vida do homem é segundo a medida de seu fôlego (Is 2:22).

Quem te julgas tu para teres medo do homem, que há de morrer, do filho do homem, cujo destino é a erva? E te esqueces de Yahweh, aquele que te criou, aquele que estendeu os céus e fundou a terra?
- Isaías 51: 12–13

Por isso é que o Senhor pretendeu humilhar Judá, deixando-a desprovida de suas riquezas, pilhadas pelos invasores, e desamparada de todos os seus falsos deuses, para que Ele Se exalte e para que ela se volte para Ele, retornando ao Seu Santo Monte para ser novamente ensinada e instruída nos Seus Caminhos e para que volte a andar nas Suas Veredas, uma vez “nua” de todas as falsas garantias nos bens do mundo e nas obras dos homens, feitas, ao fim e ao cabo, objetos de idolatria, uma vez que “o coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade” (Pv 18:12). Deus é assim para com os Seus filhos, porque os ama e, portanto, os disciplina, pondo-os de joelhos, para que, ao serem revolvidos à percepção da verdade a respeito de sua própria pequenez e fragilidade, saiam do centro de si mesmos e recoloquem-No no trono de suas vidas (Hb 12:6).

Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E ali eu lhe devolverei as suas vinhas e farei do vale de Acor uma porta de esperança. Ali ela me responderá como nos dias da sua mocidade e como no dia em que saiu da terra do Egito. Naquele dia’, diz o Senhor, ‘ela me chamará de ‘Meu Marido’, e não me chamará mais de ‘Meu Baal’. — Os 2:14–16

É especificamente esse o motivo de Jesus demandar do Jovem Rico, já que ele pretendera saber do Mestre como “conseguir a vida eterna” (Mt 19:16), a venda de todos os seus muitos bens em beneficio dos pobres (v. 21), tornando-se suficientemente livre das riquezas para seguir o Caminho de Cristo. Uma vez que o Jovem não se viu capaz de fazê-lo, “porque possuía muitas propriedades” (v. 22), Jesus proclama: “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (v. 24; Lc 18:24). A razão disso nós já a conhecemos, dado todo o elucubrado, e a cura para essa enfermidade nós também a conhecemos — afinal de contas, é possível ao rico que entre no Reino, se ele não pretender salvar-se por meio de seus próprios méritos, porque isso é impossível, enquanto que, para Deus, nada é impossível (v. 25–26).

Impressiona perceber, vide Mateus 19, como a lógica do Reino é de fato inversa, porque aqueles que, na terra, se valeram de todas as suas riquezas e de todos os benefícios decorrentes delas e de seu status, já tendo obtido sua recompensa neste mundo, uma vez que viveram segundo os bens deste mundo e conforme propósitos mundanos (Mt 6:1–2), não terão, no Céu, a mesma recompensa que terão aqueles que largaram tudo por Cristo (Mt 19:27–30), que também são os que, tendo atuado nos termos da verdadeira piedade, não buscaram com ela o louvor dos homens (Mt 6:3–4 e 7–8). Eis aqui o segredo, enfim!

… dele fazendo uso diariamente, segundo a medida das necessidades, e liberalmente, segundo as necessidades do próximo…

Não é de fato uma norma que não existam ricos entre os cristãos, no Povo de Deus, embora seja norma que aqueles que sejam movidos por Mamon, segundo tudo o que ora destrinchamos, não pertençam ao Reino (1 Co 6:10 e 15:50). Entram no Reino os Pobres de Espírito (Mt 5:3), que são os “eunucos que se castram a si mesmos, por causa do reino dos céus” (Mt 19:12), os mesmos “pobres deste mundo”, escolhidos por Deus para serem “ricos na fé” (Tg 2:5). É novamente em Eclesiastes 5 que temos a melhor explicação: o Senhor conferiu riquezas a alguns, dando-lhes “poder para deles [dos bens] comer” (v. 19), e deles aguarda uma atitude que seja desprendida, embora não imprudente (Lc 14:28–30), que não assuma o tesouro como um fim em si mesmo, dele fazendo uso diariamente, segundo a medida das necessidades, e liberalmente, segundo as necessidades do próximo (Tg 4:17).

É sem dúvidas que para o rico as dificuldades de ser assim são muito maiores, enquanto ao homem comum, que não tem muito, as tentações das riquezas são bem mais leves. O símplice, pela estrutura de sua realidade, tem uma medida limitada, quase exata, de usufruto diário, e como não consegue acumular, é levado a um maior contentamento com o quinhão de cada dia, e é por isso que, tendo menos ambições e uma maior satisfação, já que alimenta menos “sonhos e imaginações”, tem sono “doce” (v. 12). Tanto este quanto aquele que, tendo riquezas, sabe viver como quem desfruta do “que conseguiu de todo o seu trabalho”, aproveitando bem, grata e alegremente o fruto de sua obra e durante os poucos dias de sua vida — no fim e de qualquer maneira, nada resta -, não ficarão sempre ansiosos, porque seus corações não estão nas riquezas, mas nos Céus — “onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6:20), e é por isso que, confiantes que a sua porção vem de Deus como bênção (Mt 6:31–33), não ficarão “pensando muito nos dias da sua vida” — a sua alegria está no Senhor! (vv. 18–20)

Que assim seja feito de boa vontade, antes que o Senhor o faça — por meio de Sua reta disciplina e do Seu reto juízo!

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Talvez, e em vista do longo estudo anterior [acima], se possa resumir um reto uso da riqueza assim: se Deus permite a alguns que enriqueçam, conforme Eclesiastes 5, a mentalidade desejável também para estes é que considerem fazer uso diário e proporcional de uma “porção” de seus ganhos — uma medida adequada para um bom proveito, como o acesso aos bens desejáveis e razoáveis, sem se tolher da boa comida e da boa bebida. A definição dessa “porção diária” baseada nos frutos do trabalho necessariamente redunda em acúmulo e em enriquecimento. O detalhe é que o tesouro acumulado não pode ser preferido quando da ocasião da piedade, ou do aparecimento inequívoco da necessidade do próximo — naturalmente, uma ocasião que pede pela oferta liberal, embora prudente, apenas de uma porção justa e razoável, proporcional à demanda e proporcional à boa vontade de quem dá, que é a medida do quanto se pode ofertar com o coração em paz (2 Co 9:7).

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Um estudo adicional de minha autoria foi publicado posteriormente, como uma espécie de conclusão geral do tema ora abordado. Havendo interesse, basta acessá-lo através do seguinte “link”: O Êxodo Como Paradigma.

Textos de minha autoria (como os demais deste canal) originalmente publicados em meu perfil pessoal do facebook em 9 de janeiro de 2025.

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Natanael Pedro Castoldi
Natanael Pedro Castoldi

Written by Natanael Pedro Castoldi

Psicoterapeuta com formação em teologia básica e leituras em história das religiões e simbolismo. Casado com Gabrielle Castoldi.

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