Um Discurso Ensaístico Sobre Psicossomática

Sobre a determinação espiritiva do corpo anímico

Natanael Pedro Castoldi
13 min readJul 23, 2024

Noutro dia chegaram-me as questões: o quanto o corpo determina a alma/psique e o quanto a psique determina o corpo? Quem prevalece?

Naturalmente, como leitor e observador empírico (na ordem da clínica profunda) da psicossomática, não ousaria descrer no processo dialético bilateral entre psique e soma — digo isso, pois o pressuposto da questão levantada dependia da minha resposta nesse meandro, se creio em tal cruzamento. É evidente, como demonstra o Dr. Alberto Lyra, seguramente seguindo os passos segundos de filósofos da competência de Aristóteles e de Sto. Tomás de Aquino, que a alma/psique jaz instalada no corpo/soma como seu princípio vital, operando primeiramente as funções vegetativas e, no homem, desdobrando-se nos afetos superiores e em capacidades cognitivas de alta complexidade — do ponto de vista empírico e fenomênico, não há psique sem soma, embora não também não haja soma, no sentido de corpo vitalizado ou anímico, sem alma, cuja falta redunda em uma massa orgânica inerte e em imediato processo de decomposição. Isso significa que as condições somáticas, articuladas à psique, estabelecem uma estrutura caracteriológica irrepetível — fatores hereditários, do filossoma, da família e do indivíduo, predispõem inclinações inatas que quererão se manifestar, e que se manifestarão naturalmente ou mediante um determinado arranjo ambiental, e todo o processo biográfico, que inclui contexto, experiência, hábitos e vícios, influirão diretamente nos estados psíquicos duradouros, assim como na estruturação, via estampagens, treinamento neuromuscular, memória e aprendizado (incluindo o condicionado), do aparato cognitivo. Situações especialmente intensas, graves ou alegres, alterarão momentaneamente a percepção de si e do mundo, e até mesmo a tônica das memórias poderá ser modificada para corroborar e aprofundar a experiência presente. Dores crônicas, psicopatologias e outras comorbidades refluem diretamente nos estados emocionais, nos afetos, nas percepções de si e do mundo e, por conseguinte, no aparato cognitivo, e experiências de altíssimo impacto, ou circunstâncias que se sustentam por um período suficientemente extenso, podem transformar o sistema básico de crenças e retrabalhar a autoimagem — isso sem contar com as bruscas e superficiais certezas extraídas dos modismos que empesteiam o ambiente social e que sejam dotados de alto valor afetivo, portanto sugestivo.

Ainda assim, nada obriga a encarar a alma/psique como um epifenômeno do corpo/soma, um mero produto natural de determinado arranjo orgânico. Perceber a ambos como coexistentes é razoável. Isso significa que a psique, enquanto força vital e, no homem, princípio operacional da razão natural / prática, não é exatamente um efeito do funcionamento orgânico tal como arranjado para a constituição de cada espécie e de cada homem, como se o arranjo orgânico fosse a causa de sua vitalidade inerente. É verdade que não deve haver alma/psique, ou princípio vital individual em existência prévia e fora do corpo natural, e que o sopro de vida genesíaco só se torna força vital nos termos aqui trabalhados depois de instalado ou fundido no corpo ao qual animará, que não era anímico antes dessa fusão — anterioridade na qual ambos eram apenas em potência, sendo manifestados enquanto corpo anímico somente depois de se amalgamarem. A Causa Primeira de ambos será, por conseguinte, o Criador, no primitivíssimo tempo auroral e de uma vez por todas, e todo o processo subsequente será o da transmissão do corpo e da anima amalgamados via reprodução — sempre através de causas segundas. O mesmo para o homem — até certo ponto.

… a psique não é exatamente um efeito do funcionamento orgânico…

Isso é importante de ser apontado, porque há algum nível de distinção e de autonomia entre as partes, por mais que só possam existir enquanto tais dentro do amálgama. Essa distinção é identificada empiricamente por meio da observação dos fenômenos propriamente somáticos e de fenômenos que são eminentemente psíquicos, ou anímicos. Conforme o nível de complexidade da criatura, dirá Montpellier, tanto mais oportunidades de dissonância entre inclinações somáticas e anímicas poderemos identificar. Porque é consideravelmente fácil acrescentar aos instintos inatos diversos elementos novos, que não estão estabelecidos genotipicamente, produzindo em determinadas espécies comportamentos inéditos, baseados em condicionamento ou na própria plasticidade anímica do indivíduo e na maneira como ele resolve determinados problemas de ordem prática — em um sentido meramente animal, possuíamos uma razão prática análoga, todavia sobremaneira superior. Se forem conservadas as condições dadas para o condicionamento ou perdurado o problema prático ao qual o animal resolveu de maneira inovadora, a hipótese é de que serão estimuladas e selecionadas alterações anatômicas mais apropriadas para a melhor sustentação no novo comportamento e no novo ambiente. Como observam alguns darwinistas contemporâneos, como E. O. Wilson, hábitos duradouros, além de causarem certa alterações fenotípicas muito limitadas no organismo, assim como no cérebro do indivíduo, tendem a uma ligeira transmissão de tipo genotípico para alguns indivíduos de gerações subsequentes. Isso impõe a memória, no sentido das marcas que a experiência deixa no corpo (nisso Montepellier inclui até os organismos mais primitivos), e operações caracteristicamente anímicas como fatores de transformação somática individual e no próprio filossoma. Daí a alma/psique representar a força vital, anímica, operando vegetativamente no corpo/coma, mas apresentar uma qualidade operacional superior, chamada sensitiva, que se serve do corpo para conduzi-lo adaptativamente no ambiente exterior.

No ser humano também observamos essas operações vegetativas e sensitivas, todavia dirigidas pela consciência de si, do outro e do mundo. A consciência é o que impõe presença e vontade no ato das experiências, que são guardadas como memória não em um sentido meramente instintual e adaptativo, como ocorre com os animais, mas afetivo e identitário — porque a consciência é de si, afinal. O homem sabe que é ele aquele de quem lembra em ação nas suas memórias, sabe que é ele quem está lembrando e tem consciência de fazê-lo enquanto o faz. E se ele identifica um Eu contínuo desde todas as ações passadas até o presente, identificar-se-á invariavelmente com a natureza geral das ações que empreendeu, embora, por estar consciente de si e de cada uma daquelas ações das quais lembra, saiba intuitivamente que não se reduz a elas, que há algo nele que as transcende, mas que ele não tem meios de conhecer objetivamente — daí o problema tipicamente humano com a identidade de si, que também inaugura uma esfera de existência que lhe é exclusiva: a do “mundo interior”. A ausência de consciência clara de um fator integrativo para a totalidade da sua identidade, que dê coesão por completo ao “mundo interior”, demandará o apelo ao Absoluto, ao Divino, ao Ser — ao fator integrativo da própria Realidade, o qual deve transcender os particulares sensíveis. A consciência já é uma operação do cimo da alma/psique, chamado intelectivo e ao qual chamamos espiritivo. Porque a consciência, dirá Joseph Campbell, corresponde a um Eu que, por poder avaliar todo o divisado a respeito de si e do mundo, não pode estar de todo condicionada ao corpo e aos apetites da psique, e nem ser um mero epifenômeno da Matéria; e se o chamamos “espiritivo” é porque este cimo tem a qualidade de apreender os universais transcendentais a partir dos particulares sensíveis de forma imediata e intuitiva — a esta qualidade chamamos de Intelecto, pelo qual são operadas as intelecções, ou os insights, e toda a razão de ordem superior, que inclui a razão prática, todavia qualificada pela presença da consciência e do Intelecto, abarcando a imaginação em um processo criativo que atua volitivamente as Quatro Causas, impondo substância e finalidade intencionais à obra.

A consciência já é uma operação do cimo da alma/psique, chamado intelectivo e ao qual chamamos espiritivo.

Chamemos a este cimo da alma/psique de espírito (pneuma), e é uma exclusividade humana a substância espiritiva no corpo anímico. Saiba-se que a alma, não dependendo intrinsecamente de qualquer órgão ou parte do corpo, mas sendo o ato do corpo, está infundida no corpo todo e não aumenta e nem diminui se determinadas partes do corpo forem removidas ou aumentadas. É, como já dissemos, operacionalmente afetada pelas condições corpóreas, mas, em si mesma, só pode ser uma substância simples, não quantitativa, mas qualitativa, e, por isso, não corruptível, em sua imaterialidade, pelas afetações somáticas — exceto operacionalmente, instalada que está no corpo, do qual é forma e ato (isto é idêntico à energética psíquica de C. Jung). Rudolf Allers provou essa tese na observação de diversos pacientes enfermos: sua consciência poderia ficar turva, e até poderiam se portar irracionalmente, ou como se sua personalidade fosse outra nas crises, mas, não havendo danificação neurológica de tipo anatômico, assim que reestabelecidas as condições de saúde primárias, “voltavam a si”, retomavam a consciência própria e recuperavam seu hábito, com jeitos e trejeitos, de antes da comorbidade. A circunstância física, corporal, não os transformou em outras pessoas, como se a psique fosse um mero epifenômeno do corpo, e nada verdadeiramente foi perdido com os traumatismos físicos e mentais — mesmo nos casos dissociativos mais severos, e eu lidei com isso empiricamente, a pessoa, via de regra, volta para a superfície e recupera o controle. É verdadeiramente impressionante observar esse fenômeno! E ainda quando há trauma psicológico propriamente dito, mesmo na emergência defensiva da amnésia pontual, o senso de continuidade do Eu não se perde — enquanto a estrutura interna da psique se mantiver integrada num eixo (falamos disso acima), não fragmentada, como ocorre com a esquizofrenia.

A consciência, o senso de Eu e de sua participação efetiva na experiência, é o que torna o processo psicossomático humano tão singular. Se a alma/psique fosse apenas um epifenômeno da Matéria, sobretudo do corpo, dever-se-ia esperar de todos os homens uma resposta parecida aos mesmos estímulos do ambiente — porque falamos de como a estrutura biológica seria a determinante de todo o mais. Esse é o axioma do behaviorismo e a base de seus muitos fracassos, sobretudo na área criminal, porque pressupõe que a transferência de um criminoso para um ambiente material favorável e para um tipo de condicionamento novo, se perdurar tempo suficiente, gerará satisfatória reabilitação. Konrad Lorenz, e não menos Stanton E. Samenow, apontam diversos exemplos individuais nos quais o “reabilitado”, assim que liberto, recaiu nos mesmos crimes do passado — isto é dessa maneira, pois o homem não é todo feito de um arranjo e de um rearranjo biológico e metabólico, passivo e passível de uma reordenação atomística segundo uma estimulação ambiental alternativa. Donde a tal Pirâmide de Maslow aparentar ser uma simplificação excessiva — segurança material e afetiva não é exatamente o pressuposto imediato de excelência racional e de grandeza moral. Ou estará errado o Dr. Dobson quando observou que o suprimento total de todos os apetites materiais e afetivos tende, ao invés de fortalecer virtuosamente o sujeito, a torná-lo mimado e implacavelmente tirânico? Porque o Ego, dirá ele, é verdadeiramente insaciável — uma “hipótese” melhor do que a materialística freudiana, que sempre acabará vendo nos comportamentos antissociais uma falha infraestrutural na família e no ambiente, uma causa, ao fim e ao cabo, exterior (porque o homem, por sua natureza, sendo-lhe dada uma condição ótima, será eminentemente bom).

… homem não é todo feito de um arranjo e de um rearranjo biológico e metabólico…

A história está cheia, repletíssima de exemplos da maldade despertada pela sobrecarga de satisfação de todos os apetites e pela piedade milagrosa que emerge na carestia. Os santos são exemplares neste caso: ascetismos, rígido trabalho no controle dos apetites e severo ordenamento monástico, quando não eremítico, produziram heróis morais altamente benévolos aos necessitados, dispostos a partilhar o mínimo que tinham e donos de uma inteligência afiadíssima, altamente perspicaz e ágil, sempre voltada visionariamente à Transcendência. Viktor Frankl é um outro exemplo pertinente, pois ele sobreviveu às privações dos campos de concentração e observou, a partir de suas prisões, como a miséria pode despertar nos sujeitos mais bem servidos de sentido uma piedade autossacrificial extrema, ao invés de animalizá-los — apesar de que muitos daqueles sujeitos mais vulgares, menos munidos de sentido (isto é, de Fé), acabavam recaindo na vilania. Apreendeu de suas observações a importância do que ele chamou de autotranscendência, de dar vazão à necessidade humana de encontrar integração e propósito através da dedicação a algo além de si, e entendeu que há fertilidade para a autotranscendência em ambientes hostis, se o indivíduo encontrar sentido no próprio desafio de superar e de transcender o meio.

Fôssemos, pois, meros produtos do meio, seja ele natural, seja ele cultural, não haveria meios de superá-lo — quer materialmente, quer linguisticamente. Mas o progresso histórico da humanidade invariavelmente dependeu, sobretudo no passado, de figuras de qualidade abraâmica dotadas de uma sensibilidade ímpar, perfeitas de um arranjo caracteriológico e de um aparato cognitivo marcados com traços muito singulares, expostas a uma qualidade de sonhos e de visões incomuns e predispostas ao ímpeto aventuresco pelo novo. A tese de que sejamos determinados por inteiro pelo meio e de que necessariamente nos tornaremos pessoas “melhores” se o ambiente for estruturado de uma maneira excelente (que é conforme pensam philosophes e especialistas) é revolucionária, sobretudo marxiana. Uma das qualidades humanas, se não manifesta, necessariamente em potência, é a capacidade de transcender o meio e de superá-lo, quer materialmente, quer moralmente.

Uma das qualidades humanas é a capacidade de transcender o meio e de superá-lo moralmente.

Como dirá Frankl, há algo no homem que não pode ser pulsional. Não faz sentido que o fator ordenativo de nossa psique seja apenas uma pulsão entre outras — isso seria o mesmo que termos o arquiteto de uma casa sob a forma de apenas mais um tijolo. Em nós há uma esfera que não se comporta pulsionalmente e segundo a operação anímica animal. Essa esfera é aquela que redunda nas funções intelectivas ou espiritivas, da consciência e do senso de Eu, pela qual sabemos ou intuímos a unidade do mundo interior e de nossa identidade — aqui nos referimos apenas às operações espiritivas que chegam à consciência e que operam sob nosso controle direto, donde não se deve ignorar a base inconsciente e profunda do espírito e de suas operações, porque elas nos entregam a intuição de nossa unidade interior e da continuidade do Eu, assim como da continuidade do mundo exterior, atuantes no ordenamento e na arquitetura da psique profunda (porque não somos nós os criadores conscientes, os autores desse tipo de senso — se ele não houvesse antes, nada poderíamos fazer).

De fato, Frankl chama mesmo a essa esfera de “espírito”, como nós a chamamos, e, tal como dissemos, ela procurará se identificar com um padrão de ordem “exterior” para impor unidade ao mundo interior, dando também direção às pulsões, equilíbrio aos afetos e coesão ao aparato cognitivo. Voltamo-nos ao conceito de autotranscendência e chegamos à operação espiritiva de autodistanciamento, pela qual o sujeito pode ver-se, ou nutrir uma imagem “exterior” de si, como um Eu que está dentro do Mundo, instalando coerentemente na Realidade. A falta de um fator integrativo de ordem “exterior”, de uma vocação autotranscendental, levará invariavelmente a vícios de autocentramento nos apetites somáticos ou nos apetites anímicos — cada qual destrutivo para a sua contraparte, antes de a ela articulado espiritivamente e para uma finalidade significativa superior. Sobre o processo de “escolha” pelo objeto da autotranscendência, e como isso se relaciona com os temas da cosmovisão e do quão intencional e “autêntico” possa ser todo esse processo, é assunto para uma outra pesquisa.

… o Intelecto não é, portanto e de maneira alguma, produto do meio ou algo que se acrescenta à psique.

O determinante aqui é que a capacidade de conscientização, esse senso do Eu que não se perde facilmente, além da disponibilidade espontânea do espírito à intelecção, conservam uma esfera de ser, no homem, que se preserva da mais variada e intensa conformação ambiental — e também somática. É esse senso do Eu, com todas as suas virtudes e imperfeições, e a consciência da própria circunstância que habilitam o sujeito, munido dos recursos que lhe estejam disponíveis, a empreender mudanças eficazes em sua conduta, no ambiente e na direção de seus pensamentos — naturalmente, o montante de vícios e a atrofia na inteligência interferem na qualidade dessas conscientizações e na capacidade de agir, tanto em pensamento quanto em comportamento. Em todo o caso, o espírito humano, não sendo um desdobramento da Matéria e nem um acréscimo quantitativo à anima animal, mas uma instância qualitativamente superior, deve também ter uma origem divinal e de Causa Primeira (essa é outra discussão para outro momento) — será supranatural, portanto, não por ser contrário á natureza (humana), mas por corresponder a um estrato que inexiste em todo o restante da Criação nos termos de seus particulares sensíveis, embora pareça corresponder a algo do fundamento da mesma, ao Ser, com o qual se identifica. Por esse motivo, as operações do Intelecto, se o corpo estiver vivo e a mente não estiver entorpecida, acessarão as coisas substancialmente, e isso teoricamente independe de qualquer coisa ou aspecto específico do ambiente e da cultura, ou de alguma preparação em especial — não é, portanto e de maneira alguma, produto do meio ou algo que se acrescenta à psique.

A capacidade de discernir a circunstância e de “salvá-la”, e de “colher” corpo e alma num todo articulado para uma atuação em sentido autotranscendental, uma vez conscientizada, pode ser procurada intencional e volitivamente, fazendo uso de sabedoria e de razão. Aqui voltamos para o Dr. Alberto Lyra e para a sua demonstração de como a alma/psique, cujo cimo é o espírito, embora esteja instalada e se sirva dos recursos energéticos do soma, reflui sobre o corpo por meio de suas disposições e de suas operações, alterando a organização somática em todos os seus níveis, impondo maior disciplina às emoções e aos afetos, alterando o metabolismo, aliviando ou impondo tensões e pressões que chegam ao nível celular, levando ordem ou desordem ao sistema nervoso e à musculatura, que pode aumentar ou perder tenacidade — isso tanto pela própria disposição da alma, quanto pelas ações empreendidas a partir da operação da vontade.

… a alma/psique, cujo cimo é o espírito, reflui sobre o corpo por meio de suas disposições e de suas operações…

A resposta para as questões iniciais, por conseguinte, é de que o montante de influência do corpo sobre a mente e da influência da mente sobre o corpo dependerá da qualidade do indivíduo nos termos do desenvolvimento ou da atrofia de suas virtudes — ou seja, da sua vontade, e do quanto o seu espírito está obscurecido e venalizado. É evidente que há um cruzamento dialético entre as partes, ontologicamente irredutíveis uma à outra, embora inseparáveis. Bastante notória nos deverá ser a evidência da superação da esfera espiritiva por sobre o corpo e a anima, no sentido da consciência e da conscientização enquanto fatores de determinação para os modos e os usos do corpo, dos afetos e dos pensamentos.

Texto de minha autoria (como os demais deste canal) originalmente publicado em meu perfil pessoal do facebook em 23 de julho de 2024.

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Natanael Pedro Castoldi
Natanael Pedro Castoldi

Written by Natanael Pedro Castoldi

Psicoterapeuta com formação em teologia básica e leituras em história das religiões e simbolismo. Casado com Gabrielle Castoldi.

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