O Sete e o Treze nas Escrituras

Notas preliminares para maiores estudos

Natanael Pedro Castoldi
2 min readSep 4, 2024

O Sete Sagrado aparecerá, d’além da arquitetura do Tabernáculo, ordenada segundo a Visão de Moisés no Sinai — a dos Sete Dias da Criação -, na organização do Acampamento e da Marcha da Congregação. Note bem: as Doze Tribos estavam dispostas em Quatro grandes grupos, cada grupo no sentido de cada ponto cardeal (Norte, Sul, Leste e Oeste), e cada um deles era constituído de Três tribos. A adição do Três ao Quatro é Sete (a subtração de Três do Quatro é Um [o análogo do Sete na Cosmogonia]). A mesma relação está na Nova Jerusalém — os Doze Fundamentos equivalem às Doze Portas dos Doze Apóstolos, Três Portas em cada um dos Quatro lados da Cidade. As qualidades simbólicas específicas do Quatro e do Três não podem ser ignoradas, embora não as queira esmiuçar aqui.

A adição do Três ao Quatro é Sete (a subtração de Três do Quatro é Um [o análogo do Sete na Cosmogonia]).

O Treze, acrescento, aparece sutilmente, pois a Tribo de Levi, ao redor do Tabernáculo, não é contada, assim como o apóstolo Paulo, um filho “fora do tempo” (1 Co 15:8). Se Levi, destacado dos Doze, cumpriu o principal papel na Aliança Mosaica e no tempo da Lei, pois se condensou ao redor do Tabernáculo e dos ofícios sacerdotais, Paulo, Apóstolo dos Gentios e externo ao círculo dos Doze, foi o príncipe dos representantes da dispensação da Nova Aliança e do tempo da Graça, dissipando-se até aos Confins. É sobre ele e o preenchimento da Medida dos Gentios (Rm 11:25) que Oscar Cullmann discorre em sua interpretação do Katechon (2 Ts 2:6–7).

Texto de minha autoria (como os demais deste canal) originalmente publicado em meu perfil pessoal do facebook em 03 de setembro de 2024.

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Natanael Pedro Castoldi
Natanael Pedro Castoldi

Written by Natanael Pedro Castoldi

Psicoterapeuta com formação em teologia básica e leituras em história das religiões e simbolismo. Casado com Gabrielle Castoldi.

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